01/04/2017

Sobre FGTS Inativo de contas de meados dos anos 1980 para trás


Depois dessa liberação do FGTS inativo, tem muita gente questionando junto à Caixa Econômica o porquê de contas inativas das décadas de 1960, 70 e meados dos anos 80, não terem saldo e que, segundo os titulares dessas contas, havia saldo e nunca realizaram o saque.

Quando isso acontece, explico assim:

Não sei se as pessoas lembram, mas nossa moeda, hoje o Real, já teve muitos nomes (Cruzeiro, Cruzado, Cruzado Novo, Cruzeiro Real...) e em muitas dessas mudanças houve “cortes de zeros”, ou seja, a moeda, o dinheiro, a “bufunfa” passou a valer menos. E com o Plano Real, todo o dinheiro que sobrou (se é que sobrou) foi divido por 2.750,00 (mais uma desvalorização).

Daí eu exemplifico considerando só os “cortes de zeros” que eu lembro, porque se fizer uma pesquisa, com certeza, tem mais cortes. Considerei três cortes, ou seja, seis zeros a menos e a divisão do Real.

Então fica assim:

Se você tivesse um saldo em 1980 de:

10.000.000,00 (dez milhões), cortando dois zeros, você teria:

100.000,00 (cem mil), cortando mais dois zeros:

1.000,00 (mil) e cortando mais dois:

10,00 (dez) e dividindo esse resultado por 2.750,00:

0,0036 (menos de um centavo) de saldo final, isso de 1980 até 1994.

Os seus dez milhões iniciais, com as desvalorizações de nossas moedas, resultaram em menos e um centavo.

Seu dinheiro não sumiu e nem foi roubado. Ele foi triturado pela inflação.


Triste isso.



"Imagem ilustrativa, encontrada no Google"

13/02/2017

Crime virtual, prejuízo real


Essa postagem foi feita somente para relatar um crime virtual, já que nem todo crime cometido via internet pode ser relatado em boletim de ocorrência.

Sempre faço compras via internet e sempre faço de tudo para manter meus equipamentos seguros. Mas pelo visto mesmo fazendo de “tudo”, ainda é possível ser vítima de criminosos.

Faço muitas compras no site da Livraria Saraiva, no qual mantenho meus dados atualizados, inclusive dados do cartão de crédito. Acredito que os dados de acesso ao site (usuário e senha) tenham sidos surrupiados de dentro da Saraiva, já que foi a única compra feita de forma fraudada. As únicas coisas que o criminoso fez foram: entrar na conta, alterar o endereço de entrega e fazer a compra, pois o resto já estava lá, informado.

Recebi um e-mail no dia 12/02/17 (domingo, aproximadamente às 19hs), mas só o vi no dia 13 (segunda, aproximadamente às 5:30hs). O e-mail era a confirmação de um pedido feito via site. A princípio achei que fosse algum tipo de vírus, para eu clicar e me ferrar, mas por curiosidade fui verificar e vi que o pedido foi realmente feito, conforme abaixo:


O meliante comprou um celular, em 6x sem juros


Rapidamente cancelei-o, alterei minha senha de acesso e excluí os dados do meu cartão de crédito. Assim que a loja virtual iniciou o atendimento on-line, relatei o ocorrido.

O pedido seria entregue no seguinte endereço: Av Fulfaro, 529 – Vila Clara, São Paulo/SP – CEP 04414-200, e davam como ponto de referência o “colégio faggin”, que pesquisando na via Google descobri que é a Escola Estadual de 1º Grau Dr. João Ernesto Faggin. Abaixo segue o endereço que foi informado:




E como temos hoje muito acesso à informação, fui pesquisar a casa do tal endereço e é esta, com portão azul, que segue abaixo:



Não sei se essa postagem pode ajudar alguém que passou por caso semelhante, mas acho importante relatarmos os casos e os dados dos infratores, mesmo que não seja em um BO.

23/01/2017

Um capeta em forma de gari


Grafite não é grife
é assim que a coisa anda
com esse prefeito de elite
mero gari de propaganda

Tem muita gente que isso adora
porque a realidade desengana
acham mais gostoso ver o Dória
simular comercial de Doriana




05/01/2017

Mickey praiano


O Mickey praiano carrega
o peso das nuvens doces, de algodão
Sofrimento que a história não nega
Sina da cor, que virou profissão

E até quando ele terá essa vida de rato?
Respondo e nem preciso ser profeta:
terá até morrer na ratoeira do Estado
abandonado e feliz, feito um pateta

Enquanto o fim não chega, ele caminha
sob o céu, o sol, percorrendo distâncias
Feito criança, que nunca foi, sonha
em quem sabe um dia ir à Disneylândia

Vivendo o avesso da fantasia
segue seu arenoso cotidiano
empunhando sua cruz colorida
o coadjuvante Mickey praiano


Em algum lugar do litoral brasileiro...